Capítulo 11: Cativeiro

-E-eu não sei do o que vocês estão falando. Vocês sabem que ele está doente em casa. - Rebateu Myh, parecendo nervosa.
-Nosso plano era invadir a casa do Dimitry, para ele treinar para o show e Nathaniel entregar as lições de casa que ele perdeu. - Castiel levantou uma sobrancelha, encarando-a enquanto abraçada Isa.
- Mas ele não estava lá. E como nós sabíamos onde você estava, Mylena...-Lysandre cruzava os braços, mas não encarava Myh, ficava olhando para a minha camisola, o que me deixou vermelha.
Antes que Mylena pudesse negar e dizer que eles não tinham nenhuma prova, Castiel e Lysandre seguraram Mylena, cada um segurando um braço seu, e foram andando rua á fora, em direção a casa dela.
Quando abriram lá fora, vi Alexy e Ambre de plantão na calçada. - Eu tive de vir junto por causa do meu irmão que deveria estar em casa tomando conta de mim.- Disse Ambre, serena e calma, de modo que pessoas que não sabem que ela agora ia em mais de três psicólogos diferentes, estranhariam.
-Eu deveria ter entrado mascarado também, mas me recuso á me vestir inteiramente de preto. - Disse Alexy, suas roupas quase brilhavam no escuro, de tão intensas que eram as cores.
Eu e Isa seguimos os dois carregando Mylena daquela maneira, pela curiosidade. Apesar das outras também estarem com tana curiosidade quanto nós, acho que preferiram ficar lá em casa para... cuidar da Ambre, ou talvez outra coisa. Mais uma vez, o pensamento dos meus pais resolverem descer e verem um bando de rapazes lá em casa me assombrou, dando-me calafrios.
-Não acredito que vocês vieram, andando deste jeito na rua. -Castiel bufou, olhando para nós, logo atrás deles. Myh não parava de espernear.
- É muito tarde, e não tem ninguém na rua para vê-las. Mas mesmo assim...- Lysandre continuou segurando Myh com uma das mãos, mas usou a ourta para tirar o casaco preto que todos estavam usando igual, e ofereceu á mim.Castiel fez o mesmo para Isa.
-Não entendo por que casacos masculinos são tão compridos, chega á ser maior que a minha camisola. - Eu bufei, em Isa o casaco não ficava tão absurdamente comprido.
Lysandre riu.- É a sua camisola que é curta. E você, sem as botas salto-agulha que usa, também é curta.Mini-Amanda. - Lysandre falava dentre as risadas.Odeio piadinhas com a minha altura.
-Posso ser baixinha, mas você me ama, mesmo assim.  - Eu falei, enquanto já estávamos na frente da casa de Mylena, que havia desistido de espernear e se mecher. Lysandre ficou com cara de “ Amanda wins” após minha breve frase.
Lysandre ficou segurando Mylena sozinho ,enquanto Castiel caçava algo em baixo do tapete da entrada, só descobri o que era depois que ele já estava com uma chave na mão, abrindo a porta.
-Entrem, e garotasas, descubram o que viemos até aqui buscar. - Disse Castiel, que esperou todos entrarem para ficar atrás de Isa.
A casa parecia extremamente arrumada, normal. Mas havia um grandioso volume de cobertores no sofá. Castiel foi acender a luz e pudemos perceber que havia alguém dormindo ali. Com um dos braços algemados á grade da janela.
-Q..que horror. - Isabelle e eu pronunciamos juntas. Era como ter um presidiário dormindo no seu sofá.Lysandre soltou Mylena, que correu para cima do corpo no sofá.
-..O que está havendo? - O ser algemado no sofá estava acordando, e se sentando. Era o Dimitry. Ao ver todas aquelas pessoas ali, o rosto de Dimitry mudou daquela calma para o pânico. - Não.. já disse que não quero ser “ salvo”, me deixem aqui.Eu gosto daqui. T_T’- Dimitry berrava, de um modo que realmente, ele devia ter sofrido limpeza cerebral. Mylena começou á rir feito maníaca por ele gostar do seu cativeiro no meio da sala dela.
- ... Isso é loucura.- Castiel abraçou Isa com força, tentando reconhecer seu baterista naquela coisa chorando por que teria de voltar para casa.
- Hm... Se algum dia quiser me algemar, eu deixo, tudo bem “ amorzinho”?- Disse Lysandre, o único calmo naquela situação. Eu não disse nada, mas ele conseguiu ler o “ Agora não é hora para isso” na minha testa.
Sob pressão e ameaças, Mylena soltou Dimitry da algema,  o braço do rapaz estava vermelho e quase cortado no local onde ficara aquele objeto apertado.
-... Não sou um bom escravo, por isso quer que eu vá? - Dimitry encheu os olhos d’agua, fazendo cara de cãozinho que caiu da mudança. Mylena apenas o abraçou. Eu não sei o que ela fez com ele naquela casa, mas para ter mexido tanto com o psicológico do rapaz...
-Parece que Só dormir, ver TV e comer a minha comida, sem ter de limpar a casa nem lavar roupas te agrada. - Mylena respondeu á pergunta que se formulou na minha mente, encarando Dimitry. Todos riram, e fomos voltando para a minha casa, todos juntos. Dimitry era o mais estranho, ficava apalpando os punhos machucados enquanto andava ao lado de Mylena, devia doer muito.
Assim que chegamos, todos em silêncio, eu não tive coragem de entrar em casa e atrapalhar o clima: Dakota e Letícia estavam se beijando. Dake deve tê-la simplesmente a beijado, com oquem quer dizer “ Apesar de ter me sujado com sangue de sapo e me perseguido com um bisturi, eu te amo.” Também podia ouvir Jade e Bea na cozinha, onde Jade ficava chamando-a de “ Meu moranguinho doce”, e Nathaniel e Karen estavam discutindo até se agarrarem no canto da sala, de qualquer forma, era o casal que mais se assemelhava á mim e Lysandre. Mais discutíamos e brigávamos que trocávamos carinho, mas é assim que nós somos.
–Sabe Ken, eu queria te pedir desculpas por tudo que eu já te f... - Ambre tentou dizer, sentando no meu sofá. Ken estava deitado nele, com a cabeça no colo de Dart, que segurava para ele um saco de gelo em sua testa, onde havia ficado muito inchado pelo tombo que ela o causara.
– Não. Não aceito nada de você, nem de nenhuma das outras garotas da escola que, agora querem falar comigo.Isso mostra o quanto você é falsa: Agora querer falar comigo.Minhas amigas de verdade são estas que estão nesta sala, cozinha, e lá fora, na janela. Elas sempre gostaram de mim, sem importar com a minha aparência. Não preciso de você.- Ken dizia, apertando o braço de Dart.Mas o que me surpreendeu foi que ele notou á mim, Myh e Isa na janela. Já que tínhamos sido descobertas, Castiel, o perturbado Dimitry e Lysandre nos puxaram para dentro, por que, como ele disseram, “ estava muito frio lá fora”.
Nós seis entramos, e ficamos olhando para todos, a maioria em clima de “Love”, exceto pela discussão entre Ken e Ambre, da qual eu nunca vi Kentin ser tão duro, e também nunca vi Ambre chorar. Mas ela fazia isto em silêncio, sabia que seu irmão iria embora para leva-la para casa se soubesse que ela estava chorando, e não queria estragar a alegria de Karen.
A antiga Ambre certamente se vingaria de Ken, mas eu realmente acho que ela mudou.Logo, todos vieram para o sofá da sala, e se sentaram, formando um círculo.
–Eu ouvi alguém começar a contar o que houve em um certo show á dois meses atrás.Nós também estávamos lá, acho que deveríamos contar a história todos juntos. -Disse Armin, soltando da mão de Layla. Agora sim, contaríamos  oque houve á Dart e Layla com o ponto de vista de todos.

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