Capítulo 17: As confissões

Saber que eu conseguiria me apresentar corretamente como indicava o papel da peça graças á Lysandre me fez dormir como um bebê naquela noite.Eu acordei antes do insuportável barulho do computador, e resolvi aproveitar para fazer algo que já não fazia á um bom tempo: PVP com Ken, Myh e Kah.
Fui para o computador e loguei na minha conta, onde todos eles já estavam on-line, aqueles viciados do Fuzilador, Amai  e Seltyh.Havia uma  nova usuária com eles da mesma classe que a minha, uma tal Near. Sentindo-me trocada, eu quase sangrei meus dedos para não deixar aquela “ Near” me substituir nas fases.Apesar dos meus amigos terem notado todo o meu esforço para ter um DPS maior, “Near” achou que eu era mais forte que ela sem esforço nenhum, ponto para mim. Só por que eu não tenho muito tempo de jogar ultimamente, não quer dizer que eu quero que meus amigos encontrem outra suporte de MP para colocar no meu lugar, é injusto.Não me agrada a idéia de ser trocada.
–AMANDA KARLA DA SILVA SANTOS SAURO, VAI SE ATRASAR. Ai se você estiver neste computador, menina. - Minha mãe começava á berrar da escada, ela devia ter instalado um sensor em mim para saber quando eu ligava aquele bendito computador.
–Acho que você não viu a hora passar, Lysandre já está aqui em baixo, almoçando conosco, para vocês irem á escola assim que você descer e comer também. -Esta frase de minha mãe me fez puxar o computador da tomada e sair correndo vestir qualquer coisa, com muita pressa.Eu realmente não fazia ideia de que já era tão tarde, já que tinha levantando antes mesmo até do despertador.Escovei os dentes, penteei os cabelos, perfume, colar, pulseiras,  minhas botas preferidas e meu conjunto verde da mesma cor do lenço de Lysandre preferidos era tudo que eu costumava vestir quando estava sem tempo para pensar em alguma outra combinação, e também era a minha roupa favorita.
Desci as escadas sem fazer barulho, minha mãe e Lysandre pareciam estar conversando e eu queria saber o que era, já que aquela mulher adorava me constranger na frente das pessoas.
–Ela não me disse por que terminaram, mas fico feliz que tenham voltado. Sabe, durante aqueles dois meses que estavam rompidos, ela chorava a noite toda, e quando acordava ás vezes, também. Eu sei que ela não demonstra, mas te ama muito, Lysandre.Fico feliz que tenham se acertado.- Minha mãe dizia carinhosamente enquanto servia lasanha á Lysandre, que fazia silêncio absoluto. Eu entrei na cozinha com cara de “ Eu nunca chorei por você, e mesmo se tivesse, ninguém tem provas.”Eu não imaginava que minha mãe me ouvia chorar lá do meu quarto, em baixo dos cobertores.
Diferente do o que imaginei, o olhar de Lysandre não era de deboche pelo sentimentalismo que acabara de ouvir. Ele parecia triste, muito triste.Almoçamos a lasanha da minha mãe, abracei-a por quase dois minutos, e saímos ao carro na frente de casa, onde Leigh e Rosa estavam nos bancos da frente, nos esperando para partir.
–Mas que demora, cunhadinho! - Dizia Rosa, se abanando com uma folha qualquer.Se ela sente tanto calor, não sei por que usa botas tão altas, eu não suo como ela e por isso ás uso também, mas enfim... Tá, é inveja por que as botas ficam melhores nela.
Lysandre apenas a ignorou, ele parecia estar muito concentrado em seus pensamentos. O rapaz abriu a porta para mim, me esperou entrar,  entrou também e em seguida fechou a porta com cuidado, como Leigh sempre recomendava.
- ... Não imaginei que tivesse sofrido tanto quanto eu com aquilo. Sempre pareceu tão..Bem, tão forte..Como se não ligasse ...- Disse Lysandre. Leigh e Rosalya não entenderam nada, mas eu sabia que ele estava falando do o que minha mãe dividira com ele na cozinha a pouco tempo.
–“ Tanto quanto você”? Óh, por favor, poupe-me, Lys. - Sibilei com raiva, aquilo tinha soado como ofensa, é lógico que ele não tinha ficado tão péssimo quanto eu, afinal ele beijou uma completa desconhecida na minha frente, não eu. Eu tinha razões para quebrar meu coração e nunca mais demonstrar meus sentimentos como demonstrava antes daquele show, não ele.
Lysandre percebeu o quão me chateou, mas tudo passou assim quem ele começou á me fazer cócegas até a escola.Ele fazia isso com aquele mesmo silêncio pensativo, o que me faz achar que ele está escondendo-me algo ainda, mas ignorei esta sensação.Ele pode ser muito boboca ás vezes, mas é o meu boboca que me faz rir.Leigh nos abandonou na frente da escola, e Rosa foi a primeira á sair correndo para as suas amigas que mais pareciam ser NPC’s de jogos, por não terem personalidade nenhuma.Não eram como as minhas amigas, que você nunca sabe  o que esperar delas.
–Admita, eu nem lhe fiz nada demais. Só ficou presa para que eu te admirasse por algumas horas, em uma posição desconfortável, enquanto eu te cutucava delicadamente. - Dizia Dimitry na frente da escola. Lysandre tapou minha boca e me puxou para o canto do muro da escola para não interromper os dois que nos causaram tantos problemas ontem á noite, e nos fizeram perder tantas horas preciosas de sono.
–Não seja ridículo, me machucou muito também. Eu não te reconheço mais, o Di mique eu conhecia não faria aquilo comigo. - Disse Mylena, cruzando os braços.Ela ainda parecia abalada como ontem, mas com um ar de “ diva”, aquele que ela exala apenas quando está tentando se fazer de difícil,  o que me fez identificar que, na verdade, ela gostara de ter ficado presa na casa do “vampiro doidão”, apesar de tudo.
–Pare de bobagem, como pode não me reconhecer? Amo-te como sempre e do mesmo jeito, “ docinho”.Mas com uma intensidade maior. - Disse Dimitry, abraçando a garota e lhe dando um demorado beijo.Mas não foi o suficiente para fazer-lhe ficar quieta.
- ...E pare de me chamar de docinho.Só me dá apelido de comida para ficar me “provando.”- Disse Mylena á Dimitry, antes de Lysandre me arrastar para dentro da escola para começar á rir. Odeio quando ele tem estes ataques de risadas histéricas, mas eu também faço isso ás vezes, então não posso reclamar tanto quanto gostaria em relação á isto.
Enquanto andávamos pelo pátio da escola, Isa veio correndo em nossa direção.
–Wea-san! Veja o que Castiel me deu ontem, não é fofo? - Isa dizia, sorridente enquanto mostrava o colar de caveira no pescoço. Eu o peguei com a ponta dos dedos para admirar melhor, e notei que era como aqueles brasões de coração que se abre para manter uma foto e uma inscrição no outro lado da tampa, que eu acho que Isa ainda não tinha notado por ser um feixe bem escondido na caveira com brilhantes.
–Realmente, é muito lindo! A foto do rosto de vocês dois com careta e a frase gravada do outro lado de “ Para Isa, do eterno capitão do seu coração” é realmente muito romântico. -Eu disse rindo, o que fez Isa saltar de raiva e ir atrás de Castiel para estrangulá-lo. Ela havia odiado aquilo de “Eu sou capitão do seu coração”, mas devo admitir que eu achava os dois juntos a coisa mais meiga e destrutiva do mundo, eu só podia ouvir as bolas de basquete caindo todas juntas, enquanto Castiel falava “ Calma Isinha, eu posso explicar” enquanto o barulho da Isa correndo ecoava do ginásio de esportes para o pátio todo.
“Parece que hoje é o dia.” Foi o que se passou pela minha cabeça e á de Lysandre, mal chegávamos e já havíamos presenciado dois casais, e pelo visto, não seriam os últimos de hoje.
–Eu não acredito que , á cada garota que passa, você fica encarando as pernas delas! - Disse Leh, passando reto por mim e Lys, sem nem nos notar. Dake estava atrás dela, com aparência de réu.
– E-eu posso explicar, não foi nada disto! ... E se eu digo que você é a garota mais linda deste mundo, é por que eu presto atenção nas outras garotas também. Se não, como poderia ter certeza disto?Você é maravilhosa e única para mim, Leh.Eu só ... Não sou cego.- Dake dizia tão carinhosamente que nem parecia tão “ mala” quanto realmente chegava aos meus ouvidos.Letícia fingiu não ouvir nada do o que o loiro dissera, apesar do sorriso que escondia dele demonstrar alguma reação á tentativa talvez bem sucedida de elogio, mas continuou andando, obrigando-o á seguí-la pela escola como se fosse seu cãozinho particular.Se é que ele não era ainda.
Lysandre andava tranquilamente do meu lado olhando para o chão, ainda muito pensativo. Eu não sei o que a revelação da minha mãe causava de tão estranho nele, mas eu não queria que ele soubesse que ele mesmo significava  tanto para mim. Sentia que me fazer de forte e indiferente por tanto tempo havia sido jogado ralo abaixo ,graças á minha amada mamãe de boca grande.
Kentin e uma das amigas de Merry que eu conhecera no dia passado se aproximavam de nós dois agora, animados.
–Amanda, esta é a Aline. Ela é a “ Near” com quem nós jogamos hoje cedo. -Disse Ken, o que fez meus olhos brilharem, e eu abraçar a Aline.Sinceramente, eu não imaginava que tantos jogadores daquilo fossem da minha própria escola. A garota disse apenas um “ Você joga muito bem”, o que me fez dar o “ Obrigada, você também” mais orgulhoso do mundo, eu tinha adorado aquilo, ser reconhecida por algo que adorava fazer.
-...Tudo bem, agora vamos logo.Assim vamos nos atrasar. - Rosnou Lysandre, bufando e grosseiramente me arrastando para a sala de teatro. Ele machucava o meu braço com a força que sua mão exercia, mas eu não reclamei.Ele parecia realmente estranho depois de ter saído da minha casa hoje mais cedo, então resolvi não contrariar, só por enquanto.Isso me fez lembrar que ele tentara me dizer algo depois da festa do pijama, e que até agora não tinha conseguido. Cheguei á conclusão lógica de que era isso que o deixara assim . Já que o que minha mãe disse também tinha ligação ao show e ao nosso término, e consequentemente, á noite da festa do pijama.
– Nathaniel, não pode me sufocar assim.Não acha que está exagerando? - Pudemos ouvir a voz de Karen assim quem passamos em frente á sala dos representantes, e parecia ser uma voz chorosa.Apesar da grosseria de Lysandre e da sua pressa, eu o interrompi, afinal se tratava da minha melhor amiga.Colei a cabeça na porta, a fim de saber se ela precisava de ajuda lá dentro.Lysandre apenas resmungou e se sentou no chão ao meu lado para me esperar.
–Não ouse me questionar. Se quisesse ter ido embora e me abandonado, poderia. Sabe muito bem que gosta quando te maltrato, então não reclame. E arrume logo esta pilha de fichas da escola. - A voz do loiro vinha carregada de um tom amargo, ainda que , de alguma maneira, conseguia carregar amor e doçura nela.Karine apenas bufou e continuou á fazer sei lá o quê que os representantes de classe tanto fazem naquela bendita sala, quando vi o vulto de Nathaniel se voltar rapidamente para perto do vulto que eu imaginei ser Kah, já que era um vulto de cabelos ruivos longos. Imagino por que os outros representantes não tentam acalmar os dois, talvez tenham medo deles também.
-...Me desculpe, meu amor. Sabe que, ás vezes eu sou um tanto rude sem perceber. Mas eu prometo tentar parar e ...- Disse Nathaniel, abraçando-a por trás, e depois vieram barulhos de tentativa de troca de saliva. Como eu suspeitava, Nathaniel era bipolar, ou pelo menos fingia que era. Mas eram nestes momentos em que ele era doce que eu acho que Karen gostava realmente dele, agora si mele estava sendo digno da minha melhor amiga.
–Argh, me solte! Sabe que eu não gosto deste funga-funga no meu pescoço, nem deste sentimentalismo bobo, sai! - Karen, interrompendo minha linha de pensamentos, chutou Nathaniel de perto de si violentamente, o que, em poucos segundos “ativou” o lado cruel e o sorriso maníaco do loiro, que o fez puxar a garota pelo cabelo com força, e eles se beijaram de novo, mas agora de forma violenta e ardente.Desta vez não se soltaram mais, como se fosse agora que estivessem felizes e se amando. Não fazia sentido nenhum.
–Pfff. Eu disse que ela gostava do lado malvado dele, agora vamos.É feio espionar as amigas por trás da porta, apesar delas terem feito isso conosco também, deve ser um mal hábito de garotas. -Disse Lysandre, levantado do chão e me puxando para a sala de teatro de novo.
O professor de teatro estava ocupado demais tentando dar um jeito nos atores que ainda não conseguiam fazer nada direito, e nem se deu ao trabalho de ver se agora eu conseguiria atuar, o que me deixou muito nervosa, já que Lysandre nem ensaiou comigo, apenas me deu um pequeno incentivo para fazê-lo direito desta vez. Como se não bastasse, o professor reforçou que o teatro era hoje a noite, nada calmante.
–Tá, agora que vir aqui foi só para me deixar mais nervosa, vamos comer algo. -Neste momento  era eu quem puxava Lysandre escada abaixo, precisava comer algo apesar de ter almoçado antes de ir á escola, que fazia tão pouco tempo.Comer é um bom jeito de esquecer tudo o que me estressa.
– Vai Armin, me deixa logo ver seu armário.Para de me irritar com isso!Nem deve ter nada demais aí dentro.-Layla berrava nos corredores, enquanto Armin se constrangia com o  barulho que a moça causava ao seu lado.
– Por quê? Você nem mesmo me avisou que ia se mudar, nem mesmo disse “adeus”, ou um abraço de despedida, e ainda me deixou esperando no o que seria nosso primeiro encontro, por que eu faria isso? - Armin também começou á gritar, apesar de sempre ser  ou tentar ser tão discreto.Mesmo da cantina com Lysandre, eu podia ouvir os dois gritando no corredor dos armários.
-... Se eu te avisasse á tempo, podia achar outra garota para sair com você no meu lugar, eu só ... Fiquei com medo.De ser trocada, de você entender como um pedido para me esquecer, eu.. eu.. Achei que voltaria mais rápido do intercâmbio... - A voz de Layla diminuíra de volume rapidamente, e seus olhos se encheriam de lágrimas.Armin percebeu que não deveria ter sido tão rude, e abraçou-a , como quem diz “ me desculpe, por que eu te desculpo”.Como havia demorado para aqueles dois se entenderem.
Eu inclinei o pescoço na fila da cantina para ver a cena. Armin finalmente abrira a porta de seu armário para Layla, que eu pude ver, mesmo de longe, os olhos  dela brilharem. Eu sei por quê. Desde que Layla partira, Armin ficava desenhando-se com ela, cenas que aconteceram.Como fotografias, já que ela partiu antes deles poderem tirar fotos juntos de verdade.Eles se abraçaram de novo, mas desta vez se beijavam também. Layla pegou delicadamente um dos papéis, imagino que pedindo para ficar com ele. Armin fez que sim com a cabeça, e eles saíram dali de mãos dadas e com aquele desenho , que agora pertencia á Layla. 
–Já não falei para parar de espionar os momentos íntimos das suas amigas? - Disse Lysandre, dando um tapa no meu bumbum, que estava inclinado para que eu visse melhor o corredor e os dois pombinhos que já haviam partido dali juntos.Eu dei um pulo de susto, e um tapa de leve no rosto de Lys pelo ato que me fez corar repentinamente. 
Nós dois comemos algo como eu pedi, enquanto isso Lysandre tentava ficar o mais próximo possível de mim ao meu lado, apesar de eu achar que casais deveriam sentar um na frente do outro como nos filmes, um do lado do outro era  muito mais confortável, já que eu podia tocá-lo e até mesmo usar seu ombro de encosto.
– Sobre aquela noite da festa no pijama, que eu finalmente entendi o que realmente aconteceu...- Lysandre começou á falar, apesar de eu ainda não ter conseguido engolir que ele ficou aquele tempo todo achando que eu e o Ken nos beijamos. – Tem algumas coisas que eu não te contei por que achei que você tinha beijado-o, e não contei depois também por que precisaríamos estar sozinhos, o que tem sido difícil de acontecer ultimamente, então eu queria te contar agor...-Lysandre foi interrompido de continuar á falar comigo, quando eu apenas levantei da mesa e saí correndo. –E-espera, isto é urgente! - Eu berrei, deixando-o sozinho e possivelmente zangado.
Mas realmente era urgente.Minhas amigas estavam formando uma rodinha, onde Barbie estava no centro dela.E eu sabia que precisaria de mim se quisesse sair de lá sem que elas desfigurassem seu rosto ou á matassem.
– O que pensam que estão fazendo?-Eu interrompi, me enfiando no meio delas todas, apesar de saber do o que se tratava. Karen apontou Barbie e disse que só poderia ter sido Barbie quem fez a maldade com as fotos de Ken, para se vingar dele ter feito-a pagar a quantia que ela roubara dele em um passado próximo.Barbie bufou, achando tudo aquilo um absurdo.Bea também disse que vira Barbie mexendo nos álbuns de fotografia lá de casa na festa do pijama enquanto se amassava com Jade, o que era ridículo, já que Barbie estava na foto e também tinha uma cópia dela, e logo não precisaria pegar a minha, que aliás eu afirmei que estava ainda lá em casa, sã e salva, então deveria ser alguém que também estava na foto, mas não era a minha.
–Parem de discutir, não foi ela. - Disse Dart, se enfiando no meio delas, do mesmo jeito que eu fizera á poucos segundos.
– Óh, então aposto que foi a metida da Merry e...- Disse Mylena, já indo correr atrás da pobre Merry , apesar de professor Riderick não permitir que Myh tocasse na sua “ amada aluna”.
–NÃO. Escutem.Não foi ela também, esqueçam isso. -Interrompeu Dart novamente, puxando Myh pela manga de sua blusa.O ato de Dart nos fez ponderar sobre ela saber quem foi.Talvez pudesse ter sido ela mesma,  talvez por ciúmes de tantas garotas no pé daquele que era  antes quase que restritamente seu,  ou talvez  por ciúmes da própria Barbie, que ela andava demonstrando depois que eles viraram “ amiguinhos”, ou ainda por simplesmente querer cortar a popularidade de Kentin.
–Fui eu. -Veio uma voz de trás de Dart, que agora pousava a mão sobre o ombro da moça. Todas nós nos viramos: Finalmente  alguém que eu acreditava que faria uma coisa dessas sem me surpreender.

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