Capítulo 7: Mordidas, sangue e perdão

Lá estava eu, semi sozinha com Lysandre.Que estava sentado tão perto de mim, escrevendo as rimas que eu disse que ficariam boas. Enquanto isso comecei á fitar seu pescoço. Parecia mais a mostra que normalmente, mas deveria ser por causa da proximidade; esperei-o terminar, e quando ia pronunciar algo, simplesmente grudei os dentes em sua pele; O mordi pelo pescoço com o ódio de ter me traído, com a serenidade de mesmo assim não suportar ficar sem ele, e com o amor que sinto e fracassadamente tento esconder. Ele nem se mexeu, pois , por mais que doesse e queimasse, sabia que merecia. Ou estava gostanto.
Só o soltei quando senti um líquido quente me invadir a boca; sangue.Sangue que não era meu. Automaticamente, eu comecei á rir.Rir suja de sangue como uma “maníaca do parque”, achei engraçado por que não tive a intenção de machucar ou ferir tanto, mas eu não tinha provas. Fui puxando-o para se levantar comigo. 
–Venha, eu te levo para a enfermar... - Interrompi minha frase pela metade ao perceber uma sensação boa no meu pescoço. Ele imitou meu gesto , ou quase isso. Ele mordia delicada e carinhosamente o meu pescoço, e eu não ousava mexer um músculo enquanto isso.Podia sentir o calor dos seus lábios atravessar minha pele e passar pela minha corrente sanguínea, algo que eu não sentia á quase dois meses.
Agora era a vez de Lysandre rir como um psicopata alucinado. E como ele ria. Ouvia a risada de minhas amigas do outro lado da porta também, mas por sorte Lysandre não notava, já que a sua era mais alta e cobria todas as delas. E não eram risadas só das minhas cinco melhores amigas. Tinha pelo menos uma pessoa á mais, alguma risada que entrava em conflito com as que eu já conhecia, mesmo que fosse difícil captar com toda aquela confusão.
- Você gosta muito mais de ser mordida do que morder. Não me esqueci disto. -Lysandre conseguiu parar de rir finalmente, eu fiquei totalmente corada com seu comentário “ útil”.
Isto desencadeou  uma conversa promissora. Percebemos o mal-entendido á quase dois esses atrás. Nos perdoamos , e enquanto nos beijávamos eu pude sentir a aliança de namoro retornar ao meu dedo. Nunca imaginei que ele andasse com aquilo no bolso desde aquele dia, esperando que voltássemos a ser um casal.
–Devia ter me lembrado que meu rosto estava imundo de sangue, agora o seu também está e e e.... - Eu parei de falar ao ouvir gritos desesperados e pessoas correndo para fora da escola pelo corredor. Nós dois saímos correndo até a porta de mãos dadas para ver o que seria aquilo, e nos deparamos com Karen, Bea, Isa, Dart e Layla do outro lado da porta.
- ... Eu sabia que tinha gente nos observando. Mas o que está acontecendo? Por que todos estão correndo, menos vocês?- Apesar de todos os gritos e correria, Lysandre parecia muito calmo ao falar , calmo como eu não via á tempos. Minhas amigas estragavam aquele clima tão místico, encarando a sujeira de sangue presente em nós dois, até algo mais bizarro focar a atenção;  Causadores dos gritos e da evacuação da escola, agora passava correndo pelo bendito corredor Dake, com a camisa toda imunda de sangue, seguido por Leh, que fazia um rastro de sangue no chão e segurava um bisturi, que causara todo aquele ensanguentamento  (agora essa palavra existe.) em Dake.
- M...mas eu achei que Leh não faria nada Yandere.- Os olhos de Bea se dilatavam enquanto ela segurava o maior buquê do mundo. 
–E...ela cravou aquilo no peito de Dake?Como assim, por que ela fez aquilo? - A dúvida de se Leh era assim tão doce quanto aparentava acabava de surgir.
– Mais alguém notou que Mylena e Dimitry sumiram?- Disse Lysandre, o único que ainda conseguia estar sorrindo. A diretora já havia chamado a polícia e os bombeiros para investigar todo o sangue que inundava o corredor da escola.

Nenhum comentário:

Postar um comentário