Capítulo 9: Festa do pijama

– Além dos ingressos, Lysandre me deu uma caixa de chocolates quando foi me buscar para a escola.- Eu sorri na mesa da lanchonete.
– Castiel sem querer deixou o meu ingresso do show colado em uma caixa de chocolates, então teve de me dar uma também. - Riu Isa-chan, juntas com todas nós. Castiel não é exatamente a pessoa mais romântica do mundo, então precisou de umadesculpa ridícula .
- ...Tiveram a mesma idéia? Qual a probabilidade disto? - Perguntou Myh, que havia sumido misteriosamente no dia passado.
– Oras, eles são melhores amigos. Devem ter trocado idéias e chegado aos “ chocolates”, normal. - Disse Leh, olhando pela janela. O “acidente” ficaria escrito permanentemente na sua ficha escolar, mas acho que ela se incomodava mais era ficar permanentemente na mente de Dake ser perseguido por uma maníaca com um bisturi na mão.
A noite passada havia sido muito “conturbada”, todas nós tentamos ligar á Mylena, que não atendia o celular.Mas de manhã, antes do intervalo, onde agora estávamos, ela disse apenas que Dimitry tinha passado mal, uma “ virose”, e precisou de ajuda para ir para casa. Como viroses são infecciosas, seria má idéia ir visita-lo. Mas Dimitry também não atendia os telefones de casa (Ele mora sozinho, logo significa que a casa deveria estar vazia, não que eu e minhas amigas tenhamos  ligado á ele, mas Lysandre e Castiel ficavam tentando á todo momento, já que, com o show se aproximando, precisariam do seu baterista.Myh também mora sozinha.) , o que todas achamos muito suspeito, levando em conta que Mylena aparentemente não fez nada yandere ontem.
– Bom, levando em conta a última vez que fizemos uma festa do pijama, acho que hoje seria o dia perfeito para fazer outra. Lá em casa.Convidei Angel e Layla também. -Quebrei o silêncio mórbido por fim.
“Dart” e “Layla” até podiam ser muito amigas minhas, mas as amigas daquela mesa mal tinham contato com elas, o que fez algumas delas torcerem o nariz. Algumas = Isa-senpai. 
-...Elas parecem legais  - Bea-chan e Karen-chan pronunciaram juntas. Leh continuou encarando a janela, e Myh continuava sorrindo misteriosamente para a parede de modo peculiarmente suspeito.
Uma pessoa me interrompeu de continuar esclarecendo o que eu tinha programado para a noite,alguém que
 entrou  na lanchonete e  foi se sentando á meu lado na mesa.
- ... Eu vi que Layla chegou de volta á escola ontem. Falou com ela?- Ele pronunciava ás pressas, quase atropelando as palavras.
–Sim, eu falei, mas ... - Tentei falar, mas ele me interrompeu novamente.
– Antes de ela partir, bom ...Eu tinha chamado-a para sair um dia antes dela ir, mas ela se foi e não me avisou, fiquei esperando-a no fliperama horas até perceber e... - Desta vez, eu o interrompi.
-..Ela só soube que faria o intercâmbio bem em cima da hora, nem foi ela quem fez as malas dela.E...Bom... Ela não me falou nada sobre você enquanto conversávamos, mas.. - Antes que eu pudesse terminar, o nervosismo e pressa do rapaz o  fizeram levantar e sair correndo para fora da lanchonete de novo.
–Estranho ...  - Foi tudo o que pudemos comentar em um único som, antes de o sinal bater, e termos de ir correndo também para a aula.
Durante a aula, eu mandei bilhetinhos para Dart e Layla durante a aula, com meu endereço, apesar da sugestão de irmos todas juntas lá para casa assim que acabasse a aula. Elas responderam praticamente a mesma coisa, que iriam falar com seus pais antes, e se eles deixassem, iriam mais tarde: depois da aula assim ,era em cima da hora demais para amigas que nunca tinham ido na minha casa antes.
De qualquer forma, Ken já havia comentado comigo que Dart morava sozinha, emancipada. Mas eu fingi que não sabia que ela estava mentindo, acho normal que pessoas fechadas demorem á interagir com os outros, apesar de eu, que também sempre me achei muito fechada, conseguir me comunicar muito melhor com ela por causa do dia passado.
– Puxa, quem é o gatinho novo? - Comentavam as garotas lá da frente da sala, olhando para Ken. Eu e minhas amigas ríamos. Era verdade que ele estava muito, muito bonito. Até Ambre, que estava fazendo ballet, natação, e mil e uma coisas depois e antes das aulas para poder ser uma pessoa boa, já que só a sua “cabeça vazia era oficina do diabo”,  tinha retirado os olhos do livro para poder melhor admirá-lo.
A aula acabou rapidamente por conta de todos os bilhetinhos: Festa do pijama, lá vamos nós.

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